sábado, 19 de maio de 2007

Sexo, sexo, sexo... Pó... Sexo e sexo!



Todos "sexam". Transar está em desuso. Cheirar é cult. Tudo parte do grotesco. O tema do 3º Cineport, festival de cinema que reúne produções dos países de língua portuguesa realizado na cidade, parece ser mesmo o grotesco. Filmes como Fúria e A concepção -- só para citar os mais empenhados -- abusam do escárnio, do tratamento escatológico dado ao cotidiano. O ridículo ganha espaço no terreno da realidade tratada pelos roteiros, possíveis ganhadores dos prêmios oferecidos pelo festival.

O curta-metragem Fúria, ficção de Marcelo Laffitte (Brasil), em especial, chama a atenção pela performance. Os atores iniciam um ritual de autofagia, regado a heroína e sexo, em meio a citações filosóficas. Os Deuses e semideuses gregos são exaltados, o que serve de trilha para o estupro concedido que se desenrola. Uma relação bizarra em que "ele" parece ser o cafetão que ama sua única puta. Já "ela", depois de ser violentada com amor, vai para a rua. Para a lida. A noite reserva diversão, sexo e drogas. Ela sustenta o vício. Volta sempre para casa com mais pó e seringas novas. A poesia paira no ar como vapor resultante da transpiração daqueles corpos que exalam alcalóides e morfina sintetizados. Suor podre e cheiro de carne suja. Por fim, e não menos clássico, ela se afoga no próprio vômito tendo que engolir aquilo que acabara de rejeitar. Poesia em forma de lixo.

Parece ser uma tendência da produção cinematográfica brasileira nos últimos anos, retratar de forma crua a realidade como ela acontece de fato. Um verdadeiro movimento vanguardista, levado à cabo por nomes que ebulem no mercado. Deles, Fernando Meirelles talvez tenha sido responsável por um marco no cinema nacional que foi o filme Cidade de Deus. O longa levou o lado negro, em todos os sentidos da palavra, dos morros cariocas às telas do mundo inteiro. Ficção-realidade para inglês ver. Uma obra que assusta pela violência que retrata, e da qual a maioria dos brasileiros tem conhecimento. Mas que quando jogada na face causa engodo e mal-estar.

Para que não fiquem dúvidas sobre o tipo de crítica que é aqui escrita, adianto que tal movimento (a que me referi como de vanguarda) é digno de aplausos. A vida deve ser -- salvo belíssimas exceções -- retratada como ela é. Mas talvez, não mais que talvez, o vírus da moda já tenha infectado esse tipo de produção. Tantas substâncias e tanto sexo juntos formam uma mistura explosiva, que é apreciável até pouco antes de explodir. A força com que se está retratando estes temas, acaba por causar asco naqueles que vão ao festival em busca de algo fantástico. Estaremos fadados ao cinema local ? Conseguirá o homem-aranha atender a nossas necessidades ? A boa e velha ficção está sendo patenteada por Hollywood (a que não é nordestina) ? Afinal, assistir em ordem seqüencial mulheres alucinadas afogando-se em vômito ; homens transtornados fazendo sexo a três em alguma boite da zona ; irmãs desajustadas que transam na banheira, enquanto a mãe assiste a televisão na sala, depois de uma noite de orgias ; meninas que relatam suas fantasias sexuais em diários pessoais, e senhoras completamente chapadas que não falam nada com nada, não pode ser -- nem é -- tão agradável assim. Ao que parece, a criatividade deu lugar à mediocridade do real.


Por Caio Gomes.

sábado, 12 de maio de 2007

Especial CinePort II

Sexta foi o meu último dia de CinePort, pois não tenho a intenção de comparecer no fim de semana, apesar da Cidade do Cinema ser muito agradável. Claro, a população aumentou muito nesses últimos tempos, mas duvido que estivessem esperando que o evento desse tão certo.

Mas deu. O que me deixa feliz. Apesar de saber que havia muita gente ali única e exclusivamente porque a entrada era barata e provavelmente ninguém os expulsaria das tendas de exibição quando começassem com a gritaria no meio do filme. Pena. Realmente é uma pena.

Mas vamos ao que interessa!

Quinta, 10 de Maio

A tenda Andorinha Digital é menor do que a outra, mas comportou bem os espectadores. A entrada é a coisa mais fofa, com 3.000 bonecas de pano feitas por alunas de colégios da cidade. Há, também, várias paredes grafitadas com a temática "cinema". Dentro da tenda é menos gelado do que na tenda Andorinha, então não é tão ruim assim caso você esqueça o casaco.

Às 21h30 foram exibidos diversos curta-metragens, 4 brasileiros e 2 portugueses. Os dois primeiros curtas exibidos deixaram a desejar, já os outros valeram muito a pena. Apesar de amplamente divulgado no YouTube, me acabei de rir com "Tapa na Pantera", brasileiro, ao assisti-lo (de novo). Outro filme que merece destaque é "Night Shop", portuquês.

O grande defeito desse dia foi o aparelho de DVD, que... bem... deu defeito. Saí antes do último curta, pois perdi a paciência quando tiveram que parar o penúltimo para limpar o cd. 3 curtas foram exibidos 2 vezes cada e esse penúltimo ia ser exibido pela 3ª vez. Não aconteceu nada parecido nos outros dias, mas esse detalhe me chateou um pouco.

Sexta, 11 de Maio

Cheguei atrasada e fiz pessoas ficarem me esperando. E sim, estou mencionando o fato no blog como forma de pedir desculpas e agradecer por minhas amigas lindas terem pegado entradas para mim para os dois filmes que eu queria ver.

A noite começou com "Árido Movie". Quem não viu, pode conferir no cinema, pois está em cartaz e vale a pena ser visto. Conta a história de um "homem do tempo" cujo pai que ele nem conhecia direito morre, no interior de Pernambuco, e ele tem que ir no enterro. O filme é uma viagem, usando as palavras do produtor, do diretor e de um dos atores, que estava presente no local e causou frenesi: Selton Melo.

Selton Melo foi um capítulo à parte na noite. Foi atacado, abraçado, beijado, pediram pra tirar foto, ele recusou, tiraram foto dele assim mesmo, ele foi simpático com todos, apesar de não ter tirado as fotos (com um bom motivo... imagina parar pra tirar fotos com as quase 700 pessoas ali na tenda?).

Após "Árido Movie" (já disse para assistirem? pois digo de novo!), fiquei para ver outro filme brasileiro: "O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias", que traz a vida de um garotinho deixado na casa do avô enquanto seus pais fugiam da perseguição política da ditadura militar. O filme é tocante e mostra um lado da época que ninguém parou para observar: vários daqueles que foram perseguidos, presos, mortos, torturados e afins eram pais. A vida de várias crianças da época foi muito difícil. Tanto para aqueles que perderam os pais por um ano quanto aqueles que os perderam para sempre.

Achei algumas cenas muito bonitas, no entanto, como uma em que as crianças aparecem correndo pelas ruas de São Paulo. Não se vê mais isso hoje em dia, nem em cidades calmas como João Pessoa. As crianças não têm essa liberdade de correr por aí, jogar futebol na rua. Muitos simplesmente ficam em casa durante as férias inteiras, jogando video-game, sem ter noção que num apartamento no mesmo prédio mora uma vizinha legal. A própria paixãozinha infantil, também retratada no filme, praticamente deixou de existir.

Voltando ao evento, mais uma vez tenho uma crítica para fazer aos freqüentadores do local, pois eles gritaram, passearam, desorganizaram as cadeiras, excluindo as passagens e, não bastasse isso, mais uma vez fumaram dentro da tenda. Será que é tão difícil assim não fumar por duas horas? Será que é difícil não gritar por duas horas? E precisa mesmo agir como uma manada desordenada de javalis, correr para dentro da tenda como se o mundo fosse acabar em 5 segundos e arrastar as cadeiras pra lá e pra cá, impedindo a passagem do resto das pessoas que desejam ver o filme? Quanto mais gente, menos educação. Incrível!

Sábado e Domingo:

Hoje será o último dia de exibição de filmes, a noite será encerrada com Cabrueira. Amanhã serão as entregas dos prêmios, não lembro de ter visto algum filme na programação.


Especial CinePort

Infelizmente eu não pude comparecer todos os dias ao CinePort, Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa, por abestalhamento meu, admito.

O 3º CinePort acontece entre os dias 4 e 13 de Maio, aqui em João Pessoa, na Usina da Saelpa, Epitácio Pessoa. Quem clicar aqui terá acesso ao site oficial, já que publicar a programação aqui é um pouquinho demais.

O evento contou com palestras e mesas redondas, que ocorreram na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) no início dessa semana, além do cinema volante, que acontece até domingo, em diferentes locais da cidade.

O evento traz longas, curtas, documentários e animações do Brasil, Timor Leste, Portugal, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Guiné Bissau e Cabo Verde, atendendo os mais variados gostos. Começa cedo, às 9h da manhã, com exibições direcionadas ao público infantil e a última exibição ocorre por volta das 23h. Mas não pense que pára por aí. Entre um filme e outro, há performances, esquetes e danças. Cada dia do evento é encerrado com uma atração musical e o Café Parahyba, que abre às 14h, só fecha após a saída do último cliente.

Os filmes podem ser assistidos nas tendas Andorinha e Andorinha Digital, os shows musicais podem ser vistos na tenda CinePort Música, há uma área com lojas e cybercafé e exibição de telas com o histórico de alguns homenageados pelo CinePort.

Na hora da fome, além das barraquinhas espalhadas pela área externa, há a tenda Cinema com Manjericão, que não tive a oportunidade de conferir, então não posso dar meu parecer a respeito nem para dizer se é caro ou não.

A estrutura do local está impecável, as chances de esbarrar com atores, produtores, diretores, roteiristas e escritores são enormes, tendo em vista que eles vieram de toda parte para ver o seu filme ser prestigiado no CinePort. A entrada custa apenas R$ 1. Sugiro que todos aqueles que tiverem a chance de ir apareçam, pois é uma experiência que vale a pena.

>>Terça, 8 de Maio

O comentário que tenho para fazer sobre esse dia é que fiquei impressionada com o local e a organização.

Tive pouquíssimo tempo, então vi apenas um trecho de um filme brasileiro "O Veneno da Madrugada". Como não terminei de assistir o filme, me abstenho de comentários, mas devo elogiar a organização e o respeito das pessoas pelo local.

As cadeiras mantiveram-se organizadas, celulares quase não tocaram e as pessoas conversavam pouco durante o filme. O que foi ótimo, pois havia um personagem que falava em espanhol e outro com um sotaque de Portugal. Como não havia legendas , era difícil entender o que falavam.

>>Quarta, 9 de Maio

Com mais tempo e maior disposição, pude ver dois filmes, o português "Coisa Ruim", um suspense muito bem trabalhado, e o brasileiro "Mulheres do Brasil", sobre o qual pretendo escrever de forma mais detalhada.

Nesse dia a organização não foi assim tão boa. Não por conta do evento em si, mas das pessoas ali presentes. Nenhuma delas respeitou as fileiras, arrastando cadeiras e bloqueando as passagens que haviam sido deixadas para que as pessoas pudessem transitar na tenda sem dificuldades. Os celulares não foram problemas, mas os fumantes capricharam e exerceram seu hábito dentro das tendas, o que considero uma grande falta de respeito aos outros espectadores.

O que achei muito interessante foi que colocaram legendas no filme português. Isso facilitou muito a compreensão das falas, já que não estamos acostumados ao modo lusitano de falar. No entando penso que deveriam usar legendas em todos os filmes, mesmo os brasileiros, já que havia estrangeiros presentes nas salas e imagino que, se o sotaque deles é difícil para nós, o mesmo deve ocorrer para eles.

Mesmo com essas poucas críticas, gostei muito do CinePort e pretendo morar na "Cidade do Cinema" pelos próximos dois dias.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Comentário sobre o texto: “libertar os animais: Humanizar a vida” do le monde diplomatique


O texto trata sobre a questão a muito discutida, e nunca resolvida, dos mal-tratos aplicados aos animais. Não só os silvestres que há muito têm quem lute por eles, mas também pelos domésticos. O texto se apóia nas teorias do professor americano de direito Gary Francione. O próprio Lê Monde Diplomatique-Brasil havia publicado o Manifesto pela libertação dos animais, que nada mais é que uma síntese das teorias de Gary. O manifesto procura mostrar àqueles que torcem o nariz aos discursos pró-direitos dos animais, que libertar os animais é uma maneira de se reumanizar, de acabar com as barbáries que o ser humano comete contra si mesmo.
O texto defende ainda a necessidade de repensar o tratamento dado aos animais, põe em choque a quantidade e o modo como os animais são mortos. As condições em que nascem e que permanecem até a hora de sua agonizante e cruel morte. Sendo um pouco mais ortodoxo, Gary sugere que o hábito de comer carne está desnecessariamente implantado na nossa cultura. E propõe ainda que a mercantilização dos nossos tempos é o que ainda estimula o comércio dos animais. Pois essa sociedade que tudo compra e tudo comercializa, considera os animais como meros produtos a serem utilizados da maneira que lhes couber. Além das experiências desnecessárias realizadas com animais, em faculdades, por exemplo, onde recursos audiovisuais seriam suficientes. Sem o reconhecimento de que aquele animal possui a capacidade de sofrimento. Na condição de coisas eles têm que ser rentáveis. E mesmo por essa óptica, Gary ainda expõe o alto custo de produção de um kilo de carne se comparado a outros gêneros alimentícios como o trigo, por exemplo. O autor é feliz ao ressaltar toda a genialidade do manifesto e das teorias de Gary conseqüentemente, sem é claro esquecer de aplacar os radicalismos. Afirmando que todo fundamentalismo é infeliz. E o que se vê é a abordagem de uma questão extremamente necessária com um olhar cuidadoso e bem baseado.

domingo, 6 de maio de 2007

Um crime quase perfeito: A Ficção Mata as Estrelas! Problemas de ética e comunicabilidade na televisão

O texto aborda uma temática que vem ditando o ritmo da produção audiovisual no Brasil: o grotesco e o sublime da vida cotidiana.

A ficção torna-se o espelho da realidade, com doses equilibradas de luxo e lixo. Não há mais espaço para uma visão romantizada da vida. O realismo neogrotesco invade as mídias de massa, aproximando o telespectador das “estrelas”, que encenam na tela situações cotidianas. O amor e o ódio nas telenovelas retrata a aceitação ou rejeição, por parte do público, a determinados assuntos.

A lógica de que não há “assassino” nem “vítima” (aqui empregados de forma existencial), serve de base fundamental para o entendimento do ser humano. Isto é, não há distanciamento entre os dois. As relações humanas precisam ser tratadas de maneira mais crua por parte das mídias. Observa-se isto nas novas safras do cinema nacional com movimentos como o de São Paulo e Pernambuco (para citar os encabeçam a lista); o cinema documentário ganha força; os reality shows alcançam picos de audiência, investindo em realidade – bem maquiada, é verdade – e em interatividade.

Apesar da visão positiva de que “a identificação dos indivíduos com as situações e personagens ficcionais asseguram uma parcela inegável de prazer”, essa realização hedonista vivenciada pelo público ganha mais fôlego em uma óptica na qual existe a necessidade de partilha de experiências catárticas e estéticas da massa com os veículos da mídia informacional. As telenovelas fazem parte da vida dos brasileiros e são motivo de orgulho por parte das emissoras, além de principal produto de exportação. Elas ditam a moda, quebram e instauram novas regras e padrões, destroem tabus. É claro que existem “critérios éticos, estéticos e mercadológicos” (como bem propõe o texto) que ditam o ritmo de tais mudanças na sociedade de massas. Toda a conjuntura é observada. Tudo faz parte de uma grande teia, um eterno ciclo.

Se “a punição da perfeição é a reprodução” – nas palavras de Éric Gans –, então vivemos a época da exaltação do imperfeito. De fato as imperfeições surgem a partir da reprodução. Só o único é perfeito. Porém se a perfeição é criminosa, e pouco rentável, a “cultura de massa” segue, aparada pela lei, como principal indicador das relações de interação e sociabilidade entre os indivíduos na sociedade contemporânea.

[1] Resenha do texto homônimo do prof. Cláudio Cardoso Paiva, UFPB, 12º capítulo de “As aparições do deus Dionísio na Idade Mídia”.

[1] Aluno do curso de Jornalismo da UFPB.



Caio Gomes


quinta-feira, 3 de maio de 2007

A Hipócrita Sociedade

A economia de energia elétrica é um dos assuntos mais enfatizados no texto, segundo o autor isso não significa apenas economizar por causa dos custos em dinheiro e sim em busca de uma melhoria da sociedade para que haja uma diminuição da desigualdade social. Uma questão bem interessante é que falamos tanto da pobreza no nosso país e muitos não imaginam que em paises localizados na África, por exemplo, a população não tem acesso aos tipos de energias que possuímos aqui, pois até para cozinhar seu alimento, as mulheres passam horas do dia procurando madeira ou até mesmo lixo para servir de combustível para seu fogão, no caso do lixo, é perigoso o bastante, pois ao ser queimado transforma-se em um tipo de energia chamada de Biomassa em que os vestígios deixados pela fumaça produzida são tóxicos, nocivos a saúde do ser humano podendo lhe causar até a morte, como acontece com muitas mulheres e crianças.

Apesar de o texto ser um pouco apelativo, as temáticas jogadas são explicadas de modo bem coerente, o problema é a falta de verba e incentivo para pôr em prática, ele estabelece uma relação de pobreza em que os próprios paises precisam ajudar e ser ajudados, ou seja, ele propor a igualdade social pelo menos entre os paises, porque para se ter acesso não só aos tipos de energia como também a saúde pública, escolas, moradia, emprego, tudo isso favorece a melhoria e ele interliga a energia a esse ponto levantando várias polêmicas como: como as crianças vão estudar se não tem luz a noite? Como resfriar os hospitais públicos para que se tenham um bom atendimento? Etc. Um exemplo bem comum são os automóveis que além de poluir o meio ambiente, causam acidentes, muitas vezes com vários óbitos, isso acontece devido à hipocrisia da sociedade.

Basicamente é essa a relação, precisa-se ter uma junção dos paises para propor os problemas, discutir e melhorar. Mas a pergunta é: qual o país que vai defasar sua economia para ajudar o outro? Muitas temáticas vão ser levantadas ainda sobre essa questão, pois a desigualdade social não irá diminuir “de um dia para o outro” como diz o ditado.


*Baseado no texto: Muito Mais que Novos Combustíveis

Jornal LE MONDE DIPLOMATIQUE

http://diplo.uol.com.br/