quarta-feira, 25 de abril de 2007

The way things are!!!

...confesso que o seminário sobre corpolatria está mexendo com o meu cérebro. Lia hoje sobre a exclusão que os pobres dos gordos sofrem(e não pensem que estou sendo perjorativa, não sou nenhuma beldade). A busca da perfeição estética está levando as pessoas a uma paranóia anti-gordura e de falta de solidariedade. Não sou contra os exercícios físicos, longe de mim, afinal, "esporte é saúde", mas falo das pessoa que se não vão à academia se sentem fracassadas e prontas para cometer suicídio, como se você não perder 400 calorias numa aula fosse um crime contra a humanidade, fazem dietas malucas e pra quê? Para passar uma imagem que provavelmente não reflete suas idéias e desejos, perdem suas personalidades entre colchonetes, bicicletas e esteiras.
Naturalmente, como seres humanos que somos queremos logo achar um culpado, e o culpado mais próximo é a cultura de massa(n falo do macarrão ou do pão) falo da tv, das revistas e outdoors, mas também daquela amiga que fica no seu pé do ouvido reclamando de cada mordida que dá na barra de cereal light dizendo que vai passar horas na bicicleta. Nessas horas sou bastante solidária aos gordos, afinal, sei do que falo, eles são descriminados por apenas não se encaixarem no estereótipo que alguma pessoa louca disse que era certo e os pobres se matam de malhar, de não comer, de apenas salivar pela batata. Nunca consegui passar mais do que 3 meses numa academia e sabe porquê? porque eu ficava com mais fome quando voltava da aula, uma inutilidade.
Aí entra a história do "gordinho boa praça", aquela pessoa redonda, fofa, que todo mundo adora mas ninguém quer namorar. Por que que gordinhos têm que ser simpáticos?? quer dizer que não posso ter meus dias de mau humor?? só magro pode?? inferno!!! O gordinho é visto pela sociedade como um fracassado, uma pessoa que não deu certo e os colocam no canto escuro da vida, onde só cabem os magros(afinal, gordo ocupa espaço!!absurdo!!) e tem que viver provando que pode ser melhor o tempo todo.
Namorar?? ixi, a coisa mais difícil do mundo. Do jeito que as coisas vão...menininhas só querem saber de menininhos bombados(mesmo de pinto pequeno) pra dar aquela voltinha na praia e mostrar o "segurança" que quando abre a boca só sai o relincho. Apesar de eu conhecer um menino que malha e não é burro(milagre!!!)

Por enquanto é só, quem sabe eu faço a parte 2??!!

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Amarelo Manga A poesia no meio da lama.


Um filme forte e sem floreios, essa é a primeira definição que me vem à cabeça. Fruto dessa nova e efervescente geração do cinema nordestino, mais especificamente do cinema pernambucano, Amarelo Manga possui um enredo que se passa no burburinho do lado pobre de Recife. O filme é uma crônica sobre o ser humano. Mais especificamente sobre o ser humano de classe baixa de um dos maiores centros urbanos nordestinos. Numa história que incomoda, inquieta e agride a consciência, o que se vê não é um maqueamento da pobreza. Tão pouco uma idealização dos personagens e do meio em que vivem. Mas se não há confetes, também não se pode dizer que há escárnio. Vencedor de vários prêmios em alguns dos mais importantes festivais de cinema do mundo, Amarelo é mais um representante dessa nova e rica onda de produções pernambucanas que vem acontecendo desde Baile perfumado. O filme faz, o que o cinema nordestino faz de melhor contar a história de sua gente.
Todo o cenário e toda a visão dos personagens são cuidadosamente colocados, de maneira a servir de pano de fundo para o tema principal do filme: O ser humano. O que se coloca em questão, o que se vê em destaque, são os sentimentos, pensamentos, perversões, desejos, sonhos e medos daquelas pessoas. Pode-se também afirmar que o filme parece às vezes ser construído sem edição, pois o que se observa é um todo de todos os personagens. Nenhum é enaltecido, mas todos são explicados. São então seres humanos em um ambiente denso e insalubre da periferia de Recife, cheios de nuances de caráter, nenhum é bandido ou mocinho. Cada um com uma particularidade, dentro daquele contexto social, acaba tendo uma função extremamente metafórica se comparados à humanidade como um todo. O filme, aliás, toca nas feridas sociais da cidade, sem ao menos dizer uma palavra sobre isso.
O padre que temia a morte, a velha matrona que carregava consigo suas culpas e padecia da solidão, a mulher sexualmente reprimida, o homossexual que buscava o amor, a amargura na vida da dona de bar... Todos acabam tendo um importante papel nessa criação brilhante, que choca pelas imagens fortes, a linguagem “esculacho” e o cenário “sujo”. Mas tudo isso é essencial para criar a atmosfera reflexiva do filme e chamar a atenção do espectador para os pontos chaves da narrativa.
Embora de classe baixa e de pouca instrução, os personagens vez ou outra soltam frases e pensamentos de muita propriedade e até de muita poesia. Algumas vezes eles falam direto para a câmera como forma de fisgar, de dialogar com o espectador. Recurso muito eficiente, pois envolve ainda, faz o espectador sentir o universo sujo e pobre dos personagens. Amarelo Manga é pura poesia no meio da lama.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Inclusão digital é inclusão social


Num mundo cada vez mais moderno assistimos à uma evolução espantosa da informação. È cada vez mais fácil se ter acesso a qualquer dado, de qualquer assunto, em qualquer lugar do mundo.
Em meio a tantas facilidades, um país como o Brasil se vê com o desafio de adequar o ensino público à essa nova realidade. Há muitos anos vemos discussões a cerca do que poderia ser feito para melhorar a qualidade do ensino público brasileiro, aliás, não só discussões como também projetos e tentativas que se perderam no caminho dos desvios e super faturamentos. Sabendo ainda que a educação é sim o caminho mais certo para o tão sonhado crescimento, não só econômico como principalmente social. A grande questão sempre foi como chegar a uma educação pública de qualidade com tantos problemas existentes? Evasão escolar, sucateamento dos prédios, falta de capacitação para os professores e propostas pedagógicas ultrapassadas sempre foram os maiores problemas do ensino público no Brasil.
Com a elaboração de programas sociais que visam remunerar as famílias pobres que mantiverem seus filhos na escola, o governo visa resolver a curto prazo a evasão escolar, com verbas especiais para projetos como o PETI e o FUNDEB melhorar a estrutura física e pedagógica, além de garantir ocupação para crianças pobres no horário extra escolar ajudando de quebra a erradicar o trabalho infantil. Todas essas iniciativas porém, não são suficientes, nem funcionam cem por cento considerando que de toda verba que sai dos cofres públicos destinados à esses propósitos mais da metade se perde até chegar ao seu destino. No entanto a tecnologia parece agora ser a luz no fim do túnel para as nossas crianças. O governo mostra-se convencido de que a inclusão digital pode sim ser a solução para boa parte dos problemas da nossa educação. Numa nova realidade onde as escolas publicas estivessem corretamente inseridas na era da informação digital, é possível imaginar crianças carentes com o mesmo acesso a todo o tipo de informação assim como crianças de escolas particulares sempre tiveram. Mais que inclusão digital, essa mudança acaba representando inclusão social. È dar a crianças pobres a oportunidade de lutar em pé de igualdade por oportunidades profissionais. Começando pela disputa no ingresso de universidades públicas sem a necessidade de cotas, que mais discriminam que qualquer outra coisa.
É claro que não basta apenas equipar as escolas com computadores para promover toda essa revolução, mas é preciso ensinar e capacitar de vez os professores para lhe dar com essa nova realidade. Talvez a inclusão digital seja a solução que sempre se procurou para impulsionar o país rumo ao tão sonhado desenvolvimento.

terça-feira, 17 de abril de 2007

A Educomunicação frente à comunicação comunitária


Grande parcela da população brasileira não tem acesso à educação de qualidade, fato que é mais acentuado nas comunidades pobres. Diante desta problemática, a educomunicação surge como alternativa para solucioná-la, ou ao menos amenizá-la.
A comunicação comunitária vem apresentando crescimento em nossa sociedade, conseqüência da necessidade de difundir a informação, sem exclusão. Ela se manifesta principalmente através das rádios e dos pequenos jornais, que retratam as notícias de interesse local.
Os líderes locais e demais colaboradores devem investir nesses veículos de comunicação, para que eles apresentem um conteúdo de qualidade, fazendo com que a educação se faça presente no cotidiano dos moradores da comunidade, o que os tornarão cidadãos cada vez mais críticos e com poder mais aguço de argumentação, além de levar à eles o conhecimento, entre outras vantagens.
Mais importante do que usar a educação para criticar a comunicação, é usar a comunicação para educar. A mídia é considerada alienável, mas, se os profissionais a utilizarem da maneira correta, ela pode se tornar um instrumento de inclusão.



Gabriella Guimarães


Gente esse texto foi escrito por gabi uma querida amiga, de idéias muito sensatas e oportunas. Gabriela é estudante de jornalismo da universidade estadual da Paraíba, em Campina Grande. Obrigado pela contribuição Gabi você será sempre bem vinda ao távola.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

A verdadeira dor de ser “o pobre”



O que pensar daqueles que tem várias notas de “cem conto” numa carteira e um carro importado? A verdade é que realmente eu não sei, o que achamos de graça nessas pessoas? Tem uma coisa revoltante, enquanto eles possuem cem reais para gastar em besteiras ou até mesmo juntar para comprar um objeto ou um animal no valor de dez mil reais, o seu vizinho pode não ter dez centavos para matar a sua fome, não meus amigos, não falo daquele vizinho que mora ao lado da sua mansão, falo daquele que mora na tua rua, debaixo da ponte por onde você passa com seu novo carro importado, daquele que bate na tua porta pedindo esmola e nem ao menos um pão recebe, daquele que talvez reze por ti todos os dia e você nem ao menos reza, daquele que passa noites em claro sentindo dor de barriga porque está vazia e porque a única migalha de pão que sobrou alimentou seus filhos. A vida pode ser dura e infeliz, mas a realidade ainda consegue ser bem pior.

Dou nota dez para aqueles que tem carro e não precisam pegar aquele ônibus lotado todos os dias, dou nota dez para eles que pisam no chão porque precisam, dou nota dez para elas que vestem grifes famosas, dou nota dez para nossos compradores de ilusão, que estabelecem um preço e pagam por tudo, dou nota dez para os que tem complexo de inferioridade, dou nota dez para você, besta, que troca a liberdade por cercas elétricas e tal.

Posso continuar? Assim seria demais, temos tantas coisas a falar, nos revoltamos com insignificâncias que só fazem o mal, e o bem, para onde ele foi? Olhai-vos os bolsos, ele pode está na tua frente e os obstáculos não te deixam enxergar.

[...]

Dou nota mil para você que ontem não tinha o que comer e saiu com os amigos para furtar, roubar ou até mesmo matar e logo viu que comida um dia, dois dias poderiam lhe faltar, mas dignidade, mesmo não matando sua fome poderia te fazer viver e te arranjar algo não só para comer, mas também para sobreviver, em vez daquela foto 3x4 estampada na mídia teria um sorriso estampado em tua cara ao menos uma vez.

Pollyanna Gomes

sábado, 14 de abril de 2007

O endeusamento da juventude


É fato que a juventude tem sim, seus encantos. Mas nos dias de hoje, o que vemos em toda parte são crianças e adultos que se recusam a aproveitar seu momento. A mídia, cada vez mais, muda seu padrão de idealização. Onde antes viam-se telenovelas e programas que colocavam a família como ideal de felicidade, hoje vêem-se seriados teen. A indústria americana, fatura milhões com filmes ambientados na “high school”, que são mais baratos de serem produzidos, e acertam em cheio um público ávido por viver uma vida “jovem” e cheia de aventuras.
A revolução social pela qual passamos, desobrigou-nos a casar, ter filhos; esse processo teve um efeito inegavelmente positivo, ao admitir novas formas de vida em sociedade. E prolongou o efeito “jovem” da solteirice. O grande problema, começa quando a mídia entra no jogo. Através de toda sorte de mensagens midiáticas, o que se vê são crianças vestidas como adolescentes, que não mais brincam de esconder, de roda ou de mamãe e filhinha. Crianças que possuem bonecas de cabelos coloridos, roupas brilhantes e slogans como “ela vai se acabar na pista”. O que se vê são adultos deprimidos, infelizes com a sua condição de serem adultos. E cada vez mais, jovens que não sabem o que fazer com toda essa euforia que envolve a juventude; jovens cada vez mais perdidos e frustrados, por que não entendem como podem ser jovens, e não se sentirem perfeitamente felizes o tempo todo. Parece que num tempo onde se “respeita e valoriza” a diferença, esqueceram de incluir a questão do momento como um ponto a ser considerado. Talvez se começarmos a reconhecer a beleza de cada idade, tenhamos uma sociedade mais equilibrada e menos distorcida.

por Rayssa Medeiros

Relacionando as teorias: disposições dos três pensadores acerca das relações de dominação nas sociedades

Os conceitos que envolvem as relações de dominação são tratados a partir de visões de mundo que se interligam. Durkheim baseia-se na externalidade, ou seja, na visão de que o indivíduo só se constitui um ator social na medida em que o grupo (corporação) disponibiliza os usos e práticas, legitimadas pelo mesmo, necessários para a modificação do meio e manutenção do equilíbrio. O homem é dotado de uma pseudo-autonomia, onde o fato social expressa a coerção que o grupo exerce sobre os indivíduos. Indivíduo este que, segundo Marx, possui a capacidade de atuar no meio, transformando-o de acordo com suas necessidades. O que para Durkheim não se aplica, já que trata da imposição das particularidades sobre a coletividade como um possível sintoma de anomia, e prevê a coerção como meio de manter a funcionalidade do organismo social.

Na visão de Marx, a divisão do trabalho promove o aspecto heterogêneo da sociedade caracterizado pelas relações estabelecidas entre grupos que submetem ou submetem-se, em prol do processo de produção. Privilegiando o acúmulo dos bens de produção em detrimento às condições básicas de sobrevivência dos que produzem, o processo torna-se um meio de aquisição do poder numa sociedade onde aqueles que detém os meios de produção são beneficiados.


Um outro conceito é fundamental na questão das relações de dominação, o controle social, que na perspectiva de Durkheim é obtido através da imposição da moral, para Marx se dá através das falsas consciências, engendradas pelas ideologias que visam a manutenção do sistema em vigor. Uma possível função do Estado, para os marxistas, seria a de garantir a manutenção desse controle, disseminando o conformismo e a alienação. E por isso deve ser gradativamente extinto.

Weber, por outro lado, propõe uma visão mais positiva da política, defendendo a constituição de uma burocracia formada pelo controle democrático. Max Weber através de um estudo mais generalizado, afirma que tais relações de dominação, caracterizadas pela violência dita legítima, ocorrem através do domínio tradicional, carismático e racional-legal. O homem submete-se, visando à sobrevivência – como o próprio Marx afirmou. A obediência às imposições ocorre, na visão de Weber, devido à recompensa material e a honraria social.

Para uma compreensão assertiva da Sociologia moderna é preciso estudar a fundo as idéias colocadas pelos três pensadores. Com propostas que convergem e divergem à medida que se aprofundam os temas citados, Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim afirmam-se como ícones das ciências sociais modernas.

O século XIX foi o palco das principais transformações que determinaram o modo de organização e capacidade de manutenção das sociedades modernas. Revoluções ditaram o ritmo das mudanças que se sucederam. O ideal liberal nasce na Inglaterra e começa a difundir-se por toda a Europa central e oriental derrubando regimes totalitários e monarquias absolutistas. Nesse cenário surgem as principais correntes de pensamento que buscavam, por meio da razão e associações lógicas, encontrar as soluções para os problemas sociais que perduravam desde a Idade Média.

Métodos como o Materialismo Histórico e Dialético de Karl Marx colocaram em xeque verdadeiros dogmas impostos pelo Capitalismo. Marx, que junto aos seus colaboradores, formulou um sistema no qual acreditava melhor se adequar a uma sociedade que, segundo ele, tinha suas bases na produção material e acúmulo de riquezas. Sociedade que, segundo Durkheim, possui certa independência do indivíduo. Assim como o homem é incapaz de viver isoladamente, organizando-se desde sempre em grupos, as questões sociais não podiam ser discutidas tendo como ponto de partida o indivíduo. O fato social é algo que o indivíduo não criou, mas precisa aceitar.

A quebra desse sistema harmônico seria a principal causa do que ele chamou de patologia social. É justamente nesse ponto onde Marx previa o início de uma revolução proletária. A partir da conscientização do operário, que percebe a sua função no modelo onde ele constitui a força produtora, e da organização das classes trabalhadoras, surgiria um novo sistema que viria a derrubar o modelo capitalista. Sistema conhecido como Socialismo. E que encontrou seus adeptos com o passar dos anos.

A toda essa problemática, Max Weber lança os conceitos de recompensa material e honraria social, que para ele, determinavam a manutenção do sistema vigente. Além disso, Weber encontrou no espírito religioso do calvinismo as bases econômicas do capitalismo. Fato ainda não observado com profundidade pelos outros dois pensadores.

O sistema capitalista perdura até hoje, impondo práticas que haviam sido previstas pelos três estudiosos. As obras que tais intelectuais produziram são tidas como “bíblias” para os juristas, políticos e teóricos contemporâneos. A progressiva revisão das teorias apresentadas aqui, com certeza indicará o caminho para o qual as sociedades deverão rumar. É bem verdade que todos eles viveram sob regimes totalitários e enfrentaram a reação imediata da propagação de suas idéias. Os tempos atuais são de calmaria. Mas as tempestades se renovam no eterno e cruel ciclo histórico da humanidade.


Caio Gomes

sábado, 7 de abril de 2007

O peso da idade começa a cair aos ombros!!!

Cá estou eu, nesse 8 de abril, quase duas da manhã e sem dormir(culpa da saída depois do ensaio de ontem), começando a sentir o peso da idade cair aos ombros.
Tá, eu sei que todo mundo vai dizer:"Tá doida?? você é jovem ainda!!!", jovem só se for na cara porque no coração me sinto mais velha sim. Sempre quando chega esse dia eu fico mais pensativa do que o normal, sem querer faço a tal da "recaptulação" e sem querer me sinto mais triste. Lembro de quando tinha 15 anos e olhava pra revista da Avon e pensava:" Só vou usar esses cremes anti-idade daqui há 10 anos", agora eu vejo que só faltam 3.
Sei que eu deveria estar feliz, afinal, estou completando mais um ano de vida, e cada congratulação me lembra isso, juro que eu queria estar feliz, mas não consigo. Sei que a maioria das pessoas que me conhecem acham que eu sou um poço de alegria, n vou mentir dizendo que não tenho momentos de felicidade, mas a cada sorriso que dou me vem a estranha sensação de tristeza, minha alegria é minha arma contra mim mesma, contra a minha mania de auto-destruição, como se eu vivesse minha vida em terceira pessoa e essa terceira julga a primeira o tempo todo.
Eu sei que eu sou esquisita desde a minha infância, restaram poucas pessoas para afirmar isso, e sei que minha vida não vai ser longa, não consigo me imaginar velha, não no sentido estético, mas no sentido de ser uma senhorinha com seus netinhos ao redor.
O que me salva um pouco é saber que a maioria das pessoas que conheço são mais novas do que eu(até meu namorado!!!) e também me incomoda, não sei como me comportar, não posso ser ridícula, afinal, já passei da casa dos 20, também não posso ser séria senão eu fico uma chata, e não venham me falar de "seja você mesma", eu não sei quem eu sou!!!
Feliz aniversário pra mim!!!!



For Sparta! For freedom!

Como prometido aqui e aqui (e, eventualmente, aqui), cá estou eu, na frente do computador para, mais uma vez, falar de 300 de Esparta. O trabalho não é fácil, como foi dito em "This is Sparta!", faltam palavras para descrever um filme tão bem feito e bem trabalhado.

Talvez eu deva começar justamente por aí, pelo "bem feito e bem trabalhado", porque os cenários nos transportam diretamente para a Grécia antiga, sem escalas. O filme não teve cenas externas, foi todo rodado em estúdio. Li em algum canto que 10% do trabalho foi feito com um fundo verde. Os outros 90% foram feitos em fundo azul, que combinava melhor com as capas dos Espartanos. Fui assistir o filme pela primeira vez sem essa informação e, se não tivesse lido sobre isso, não desconfiaria. Imaginaria que tudo havia sido construído. (Depois ficaria pensando no trabalho que teria dado, pois duvido que exista uma locação perfeita para que essa história fosse rodada, mas isso não vem ao caso).

Outra coisa que me impressionou foi a fotografia. Cada trecho do filme é marcante. As imagens são belas e cada uma delas deve ter sido trabalhada para serem perfeitas para as fotos de divulgação. Achei interessante o efeito granulado logo no início do filme, quando Dilios está contanto a história de Leônidas (Gerard Butler) para o exército espartano, contrastando com as imagens perfeitas do resto da história.

Falando em história, não há muito o que se contar, até porque eu já falei sobre as Guerras Médicas aqui no Membrana. Há algumas alterações. Na história real, os espartanos não foram à Primeira Guerra por motivos religiosos. Nesse caso, eles foram impedidos de ir, por esses mesmos motivos, pelo oráculo deles. Como sei que ainda tem uns gatos pingados que não foram ver o filme, vou poupá-los do spoiler e não vou dizer que o oráculo foi comprado. Ops! Pelo menos foi besteira, não influi em muita coisa.

Xerxes (Rodrigo Santoro) manda mensageiros exigindo que Esparta se submeta ao seu domínio, Leônidas não aceita, tenta reunir o exército, o oráculo não deixa, ele reúne alguns homens, os melhores de Esparta e vai para as Termópilas, barrar o exército persa lá.

Aproveitando que falei em Xerxes, Rodrigo Santoro desempenha muito bem o seu papel e faz de Xerxes um Rei-Deus convincente. E não, ele não foi dublado. Assim como teve seu tamanho praticamente duplicado, teve a voz alterada por computador para ficar mais condizente com o personagem. Eu notei isso ao notar um deslize mínimo de pronúncia e fui atrás de informações.

Devo também elogiar aqui a maquiagem, pois cada uma das criaturas horríveis, dos quase-seres-mitológicos (e seres mitológicos, se você prestar atenção no harém de Xerxes), dos doentes e deformados ficou perfeito.

Enfim, temos uma super-produção, o primeiro blockbuster de 2007, que impressiona, fascina e empolga. Acho que empolgaria até aquelas mocinhas mais seletivas, que não assistem a filmes de ação (sim, eu não posso deixar de falar sobre os guerreiros espartanos e modelos da Calvin Klein nas horas vagas). Não li os quadrinhos de Frank Miller (nem entrei no mérito por causa do texto anterior), mas ouvi várias e várias vezes que foi a melhor adaptação de qualquer coisa para o cinema. Ouvi inclusive que chegou a ficar melhor que o original. Não posso dar uma opinião concreta a esse respeito, mas eu acredito no que dizem.

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Como prometido, vou falar brevemente da manifestação do Irã contra o filme.

O filme foi lançado num momento em que o Irã está sendo criticado por seus planos nuclerares e tomaram o filme como "anti-iraniano". Ele foi classificado como "um comportamento hostil, resultado de uma guerra psicológica e cultural".

Segundo políticos e blogueiros iraniados, seus ancestrais estão sendo difamados pelo filme. Eles acreditam que o filme transmite uma imagem ofensiva e fraudulenta e afirmam que a Pérsia (Oh, yeah: a Pérsia ficava aonde hoje é o Irã. Got it?) era o império mais poderoso e civilizado do mundo.

Aparentemente virou moda achar ruim que Hollywood produza um filme que "fale mal" de qualquer país, como se de lá também não saíssem filmes que também trazem acontecimentos negativos dentro dos Estados Unidos e protagonizados por estadunidenses.

Se a Pérsia era um império vasto, devia isso às guerras, pois era assim que se conquistavam - e ainda se conquistam - territórios. É com mortes, derramamento de sangue, um país/povo/nação sendo derrotado e outro saindo vitorioso.

Talvez o filme não tenha sido lançado no melhor dos momentos para o Irã, mas acho que já está na hora de reconhecermos que é apenas ficção, não uma propaganda anti-qualquer-coisa.

This is Sparta!
(And a damn nice spartan)



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Fernanda Eggers
http://membranaseletiva.blogspot.com
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quinta-feira, 5 de abril de 2007

Será que somos viciados?


Olá, galera !!!

Eis aqui o derradeiro componente do Távola que se dispôs a digitar essas "mal traçadas". O motivo da demora: Estava a espera da imaculada inspiração. Ela que quando vem faz você vomitar palavras, no meu caso, digitar - como dizem no interior de Pernambuco - "até dá uma dor". Mas nem por isso, estava também em busca de algo interessante pra falar, e fazer jus, assim, ao alto nível de assuntos e opiniões dos meu colegas blogueiros.
Lá ia eu, folheando preguiçosamente a revista IstoÉ do mês de fevereiro? Aí alguém pode pensar: "Vai falar sobre coisa antiga". Não, não, calma, pelo contrário, é um assunto que nos diz respeito: O vício online.
Uma equipe de psicólogos e psiquiatras da Filadélfia desenvolveu um programa de 12 estágios para auxiliar o tratamento de internautas diagnosticados como navegadores compulsivos. Hoje já existe até um setor na psiquiatria especializado nessa doença.
O interessante é que no primeiro estágio do tratamento o doente internético tem que admitir pra si mesmo que é viciado, que a internet conduz sua vida e que não vai mais checar e-mails a cada dez minutos. Tenho um colega que fica horas esperando mensagens no Orkut, imaginando "quem será que vai espionar minha vida?". Pra vocês terem uma idéia, ele fica de 10 em 10 segundos apertando o F5 pra atualizar. Ele está dentro das estatísticas(e nós?) que indica que o brasileiro está na crista da onda internética. Passamos em média 21h e 39 minutos em frente ao computador. Ganhamos da França (2ºlugar), dos EUA (3º), da Austrália(4º) e do Japão(5º).E é que o "pc" ainda não é um bem de consumo acessível a todos o brasileiros.
O programa destinado aos "lopradões da internet" - engraçado, seria um bom nome pra uma banda de forró - disse que 1 em cada 10 internautas pode se tornar dependente.
Daqui a pouco vão fazer remédios pra viciados em internet.
Ironicamente Bill Gates, o magnata "lombradão" que invetou "essa porra toda" - desculpem o vocábulo chulo - limita seus filhos a 45 minutos durante a semana e nos sábados e domingos só podem acessar por uma hora. Ele sabe o mal que sua "criatura" pode causar. A revista New Scientist publicou este ano um estudo que enumera as obsessões e compulsões mais comuns entre os internautas:
EGO-NAVEGAÇÃO: Quando você checa seu próprio nome na internet pra saber quantas vezes aparece.
BLOG-INDISCRIÇÃO: Revelar na net segredos pessoais e dos outros.
GOOGLE-ESPIONAGEM: O ato de espionar a vida de colegas de trabalho, amigos, namorados e ex-namorados.
CIBERCONDRIA: Próprio de hipocondríacos, busca notícias sobre doenças que ele acredita estar sofrendo.
FOTOBISBILHOTICE: Ato de vasculhar o álbum de fotos de alguém que nunca viu na vida.
E WIKIPEDIMANIA: Contribuição exagerada com o site Wikipedia.
Podemos nos vangloriar ou nos lastimar por estarmos no topo de usuários assíduos.
Tudo é questão de escolha. Saber como usá-la é o segredo.
A questão é: será que somos viciados?. Bom, de qualquer modo, já existe tratamento. Até a própria internet dá receitas de como não se viciar nela. Então não nos preocupemos. Quem venha o próximo site!


Giovanni Alves