sábado, 24 de março de 2007

Quase memória, um quase romance totalmente envolvente.


Há algum tempo atrás, li um livro que vale a pena ser indicado: Quase Memória do jornalista Carlos Heitor Cony. O livro marca a volta do escritor ao romance mais de vinte anos depois de seu último trabalho do gênero, “Pilatos”.
Com certeza haverá quem leia esse post e torça o nariz, afinal, nada mais “Ana Maria Braga” que ele(não que eu tenha nada contra Ana Maria Braga, muito pelo contrário, acho que ela faz muito bem o seu trabalho. Mas conheço muita gente que tem.) certo? Errado! Como romancista Cony foi muito mal criticado por “Pilatos” escrito em 1973. Porém ele caiu nas graças dos literatos em 1995 ao publicar “Quase Memória”, e por ele ganhou dois prêmios Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, melhor romance e livro do ano na categoria ficção.
Quase Memória, como o próprio título se encarrega de dizer, é um misto de ficção e realidade, em que o autor mescla memórias de sua infância junto ao seu pai, personagem principal do livro, e personagens e situações fictícias. De uma sensibilidade imensa o livro aborda a delicada relação entre os dois que vai da admiração à vergonha, do amor profundo à raiva. E tudo começa quando Cony recebe em seu escritório um pacote embrulhado à maneira que o seu pai o fazia e com a letra do mesmo. O que seria perfeitamente normal se “Cony Pai” não tivesse falecido dez anos antes. A partir daí o jornalista começa a lembrar-se de várias situações que aconteceram entre eles. Além de refletir sobre a real importância dele para a sua vida como homem e como jornalista. O livro é cheio de significâncias belíssimas por trás de episódios reais perfeitamente empregados e fantasias extremamente oportunas.
Então fica aqui a minha dica: Dispam-se dos preconceitos e aproveitem um livro simples e muito bonito; escrito para quem tem pai, para quem não tem pai, para quem ama seu pai e para quem o detesta.

Rayssa Medeiros

3 comentários:

Anônimo disse...

N vou ler n...ele vai me fazer chorar!!!

Pollyanna Gomes disse...

Besteira Êlo chorar faz bem...\o/ \o/, ótima dica rayssa...

Anônimo disse...

=D