sábado, 30 de junho de 2007

MPE pede a cassação do governador da PB


Parecer do Ministério Público Eleitoral da Paraíba (MPE-PB) pede a cassação do mandato do governador do estado, Cássio Cunha Lima (PSDB), e do vice-governador, José Lacerda Neto (DEM). A ação pede ainda a realização de novas eleições. A representação, que foi interposta pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), acusa o governador reeleito da Paraíba de abuso do poder político e econômico, que teriam sido caracterizados pela distribuição de cheques pela Fundação de Ação Comunitária (FAC) a eleitores.O advogado de Cunha Lima, Luciano Pires, disse que não se surpreendeu com o parecer do procurador regional eleitoral, José Guilherme Ferraz, porque ele é autor de uma outra ação com o mesmo teor e, portanto, o parecer só poderia ser igual à ação que ele moveu."Não é surpresa nenhuma o parecer. Inclusive, nós estamos questionando a conduta do Ministério Público Eleitoral na Paraíba. É inconcebível o Ministério Público atuar ora como parte ora como fiscal da lei. Essa dupla atuação está sendo questionada no TSE", afirmou Pires ao G1. De acordo como o MPE, o governo da Paraíba, através da FAC, distribuiu 30 mil cheques de R$ 150 a R$ 200 no início do ano eleitoral, totalizando cerca de R$ 4,5 milhões. Os cheques, conforme a denúncia, foram emitidos para pessoas pobres pela FAC. No entanto, segundo o parecer do Ministério Público Eleitoral, não havia base legal orçamentária no governo e na Fundação de Ação Comunitária para execução do programa de distribuição de cheques nem exigência de comprovação de condição de carência do beneficiário. De acordo com auditoria do Tribunal de Contas do Estado, o governo tucano gastou com os auxílios em maio e junho de 2006 cerca de 98% do que foi gasto em 2005. O programa foi suspenso em junho de 2006 pela Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba. O advogado do governador, porém, questiona as denúncias. "Na Paraíba, existe assistência social às pessoas carentes desde 1999, com previsão legal desde 2002. Existem diversas formas de assistência social às pessoas e uma delas é a ajuda financeira", disse Pires. Segundo ele, "existia execução orçamentária em 2005 e o fundo foi criado por lei específica". Para Pires, o Ministério Público Eleitoral não é o "senhor da razão". "O Ministério Público erra e nós temos confiança e convicção que teremos êxitos nesta questão", afirmou ele ao G1.


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Fonte: Portal de Notícias da Globo

Xereta: Giovanni Alves

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Anos 80, a década dos efêmeros.

























Essa semana remexi no baú de saudosismos e ouvi todas as velharias a que tinha direito. Confesso que sou antipática a certas coisas da década de 80 (década essa em que nasci), mas ouvi tantas coisas boas cujo rumo não faço idéia. Aliás, acho que quase ninguém faz. Tudo bem que grande parte dos grupos de grande sucesso na década, não acabaram ou sumiram completamente, mas não tem sequer, o rastro do sucesso meteórico que um dia fizeram. Eram boas músicas, boas bandas... Até no metal farofa a de se adimitir que coisas boas foram produzidas. Se na música não se ouve falar de grandes bandas, no cinema então, nem se fala. Afinal, por ende andam Jennifer Grey, Milla jovovich, Patrick Swayze e tantos outros... Claro, vocês podem me dizer que eles até fazem um filminho ou outro, ou que não eram grandes atores, para merecerem se manter de pé... Mas o fato é que nos anos 80 a velocidades como artistas subiram e desceram foi vertiginosa e a queda irrecuperável. Tá vendo aí? nem só de bandas de pagode brasileiras vive o fracasso.

Rayssa

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Sonho Moderno

Irei falar de coisas modernas
Não quero que pensem
Que vivo para o passado.
Não quero que pensem
Que sou mais um nostálgico.
Não quero que pensem
Que acho pior o futuro.

Falarei da modernidade
Mais antes....
Vocês se lembram
Da semana de 22?
Aquela ruptura do tradicional?
Então...
Quero ser moderno.
Fazer poemas para maquinas.
Saldar os motores a diesel.
Louvar a nuvem negra
Escarrada por alguma chaminé.
O ronco dos automóveis.
O grunhido das locomotivas.
Quero saldar os brinquedos futurísticos.

Ser amante de maquinas voadoras
E habitante estrelar.
Quero saudar a modernidade
Com suas sondas espaciais
Vasculhando o entulho do universo.
Quero pensar no meu amigo
Com inteligência artificial.
Chamar sua mãe de puta
Que trepa com qualquer maquina lubrificada.
Ter proteção via-satélite.
Passar minhas férias no cinturão de Kuiper.
Para acreditar que o sol
É só mais um ponto a lumiar.

Quero desmaterializar quando falecer.
Não quero que meu corpo
Seja comido por verme qualquer.
Quero acordar saldando
Admirável mundo novo.
Quero ter certeza de que
Não haverá pobreza,
Pois os pobres?
Os pobres serão dizimados.
Eles desaparecerão com
Suas queixas, feiúras e lamurias.Tudo será belo, moderno, hi-tec.

O ar?
O ar será puro.
Todo o oxigênio será filtrado.
Não haverá impurezas,
Tudo esterilizado.
Arvores serão apenas coisas exóticas.
Todo o alimento será pensado.
Geneticamente modificado para
O conforto do ser humano.
Só estou indignado com os velhos.
Eles com essa mania de se congelarE acordar no futuro.

Deixe-nos em paz!
Vive e aprecie sua realidade.
Não venha nos dizer que está melhor.
Nós sabemos que está melhor.
Tudo está melhor.
Avaliado, reformulado, aprimorado.
Sou moderno, sou de ultima geração.
Não haverá confusão,
Todos nós seguiremos um padrão
De comportamento,
De alimentação,
De estética e para quem quiser
Também de religião.
Vou escolher a face de meu filho.
Pois nada será feio no mundo moderno.

Philippe Wollney

quinta-feira, 14 de junho de 2007

CONTO - O fruto

Discuto com os vizinhos sobre ética, cidadania, democracia. Não que saiba, de fato, o que são, mas através da troca de idéias expurgo meus preconcetos e sei, mais ou menos, o que querem as pessoas. Hoje elas querem mais honestidade. Mesmo, às vezes, elas não sendo éticas consigo mesmas. Sei o que poderá me acontecer. A justiça não é cega para mim. Espero há décadas por um representante que seja fiel a seus princípios. Que seja honesto. Me decepciono a cada eleição. Pelo contrário, observo pela tv um bolo fétido de escrotos tirando uma com a minha cara. Com meu dinheiro. Com minha paciência. Minha esperança. Cansei! Sei que as coisas não caminham por aí. Mas sei que assim não podem ficar.
- Vou acordar o Brasil.
- Pois não?
- Eu queria uma corda forte...
- Quantos metros?
- Sei lá. Que fosse grande e forte. Que dê para amarrar um porco.
Comprei também algemas, estiletes, fita adesiva. O rapaz ainda deu desconto por ter comprado um revólver vetusto.
Saí da loja. Brasília é estranha. Não tem esquinas. E faz um calor infernal.
Preciso alugar um carro, um lugar para ficar. Porque comprei a arma? Uma de brinquedo bastaria. Ou não. Se é por uma causa séria, eu fiz certo então.
Um orelhão:
- Alô, é do Correio Brasiliense?
- É.
- Eu tenho uma informação importante...
Agora é só esperar. Um deputado sai cercado de gente. O revólver esquenta na cintura:
- Pra trás todo mundo! Gritos.
O deputado paralisou:
- Tô aqui só pra levar ele.
- Não!
- Sim, você, seu filho da puta!
Coloquei-o no carro. Parti desesperado. Aluguei um quarto próximo do sequestro. Sequestro? Eu não sou sequestrador! Sou um cidadão! Vou acordar o Brasil! Algemado no quarto o deputado chorava:
- Eu nem acredito que vocês choram. Porco não chora! Gritei.
A primeira luz de câmera:
- Até que em fim chegaram. Depois veio outra emissora, e depois bombeiros, e depois advogados e por fim a polícia. Essa hora as manchetes já devem estar alertando as pessoas.
O negociador:
- Qual o seu nome?
- Povo!
- O quê?
- Povo População Indignada da Silva.
Gargalhei. Ele fez silêncio.
- Eu quero honestidade, disse.
- O quê?
- H-o-n-e-s-t-i-d-a-d-e!
Foi comunicar ao outros. Enquanto isso o roliço deputado chorava. Eu ria.
- Povo!
- Oi, capitão?Respondi.
- Tá certo. Vamos te dar isso, mas primeiro solte o refém.
Chorei de rir ao lado do deputado. Trataram tão fisiologicamente a situação que não aguentei:
- Não é assim, capitão. Eu quero que os políticos desse país nos levem a sério. Eu sou o fruto do escárnio parlamentar para com a população brasileira. E eu sei que até o senhor, capitão, quer isso também. Portanto, você está do meu lado, não contra mim.
- Entendo. Mas não é assim que a banda toca. Não sequestrando. Ameaçando.
- E é como então? Me diga, senhor capitão, que eu solto esse chorão na hora!
- É votando.
Não aguentei novamente. O deputado riu comigo.
- Vamos ser obrigados a invadir.
- Eu estouro a cabeça dele!
O deputado parou de rir quando ouviu:
- Já avisou a imprensa do que eu quero?
- Já.
- E o que é?
- Honestidade!
Pela fresta da janela eu via os jornalistas frente às câmeras.
- Sou o fruto do escárnio parlamentar, gritei num tom triste.
- Tenha calma. Todos somos, respondeu o capitão.
Comecei a chorar copiosamente. O deputado ficou atônito. Parecia entender. Senti um leve silêncio. Previ a invasão. Antes disso, tirei o revólver da cintura, apontei para o deputado e atirei. O primeiro e único tiro da minha vida, até invadirem violentamente o quarto e me transfomarem em alimento de piranhas metálicas. Tentando acordar o Brasil fechei meus olhos para sempre.
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GIOVANNI ALVES

terça-feira, 12 de junho de 2007

Promessas matrimoniais


Sei que o título não tem muito a ver com o dia, mas quem sabe alguém não pede sua alma gêmea em casamento??

Achei esse texto no jornal, em 2004, achei lindo e tenho até hoje.

"Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-o(a) e respeitando-o(a) até que a morte os separe?"
Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões: Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
Promete ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso transforme-a numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para ajudá-lo, assim como você a ela?
Promete se deixar conhecer?
Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
Promete que não falará mal da pessoa com quem se casou só para arrancar risadas dos outros?
Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?
Sendo assim, declaro-os muito mais do que marido e mulher: declaro-os maduros"

Mário Quintana.

domingo, 3 de junho de 2007

Contrastes

Tida como a capital mais verde do Brasil, João Pessoa vem se deparando com administrações que deixam muito a desejar no aspecto cultural dessa calma, bela e acolhedora cidade.
Com mais de 420 anos de história, a terceira mais velha cidade do país se perde em tanto encanto. Porém passear pelo seu centro histórico nos da um mesclar de admiração e pena. Obras soberbas, mas que se apresentam tomadas por cupins e mato,um total descaso. Lugares amplos, com pouquíssima violência e de fácil acesso, mas que, infelizmente, não fazem parte dos planos de cuidado dos governos. Investimento na cultura e no lazer? Onde? Se até o Zoológico não tem condições alguma para passeio, com animais que não se sabe como ainda estão ali e com sujeira espalhada por todo o lugar. Se a tão conhecida e antiga Bica da cidade secou, já era, virou lenda. Se as esplendorosas praças históricas não passam de lar para pessoas que não tem onde morar.
Embelezar superficialmente a cidade? Fácil de mais! Esquecer o início e alicerce da mesma? Mais fácil ainda! Visto que boa parte da própria população está mais preocupada com o lugar que habita o Porteiro do Inferno e com outdoors que vão de encontro aos princípios morais da Igreja.João Pessoa não é só praia nem tão somente Lagoa. Temos história, prédios possuidores de uma arquitetura brilhante, rara de se encontrar. Capital mais que linda e adorada. Não é possível que essa encantadora cidade se deixe cair em ruínas e exalte tanto o lugar do Porteiro do Inferno.

Nadja Braga, estudante de Jornalismo da UFPB

A Pura Realidade


Ao avistar o mar, estava lá, uma das maiores entre as criaturas, um poderio imenso, nos olhos de fuga perdidos estava o tormento, a dor, a figura de um animal feroz e ao mesmo tempo uma dócil baleia.

O maltrato aos animais é a pura realidade da falta de consciência da humanidade, quantas espécies estão em extinção? Têm-se projetos voltados para a preservação da fauna e flora, mas o incentivo da população ainda é muito precário, se um humano toma o habitat de algum animal ele não injustiçado, mas se um animal protege o seu habitat é tido como um ser agressivo.

Segundo o IBAMA, nos últimos cem anos milhares de espécies entraram em extinção, um dos fatores que contribuem para isso é o tráfico de animais silvestres, principalmente dos que habitam a Floresta Amazônica, dentre eles é possível citar: Ararinha, Arara-Azul, jaguatirica, lobo-guará, mico-leão-dourado, onça-pintada, tamanduá-bandeira, tatú-canastra, veado-campeiro, entre outros. Além desses animais, o litoral brasileiro, hoje conhecido por Amazônia Azul, uma faixa com alta área habitada por diversas espécies aquáticas, está passando por mudanças, tudo isso ocasionado pelo próprio homem, ainda existem espécies desconhecidas, claro, isso ocorre devido a Biodiversidade, vários cientistas estudam para desvendar este mistério tentando descobrir ao certo as origens e as diversidades de espécies de animais existentes.

O importante é conscientizar a população que isso é um desrespeito para com a natureza, divulgar ainda mais os projetos, como fazem o Greenpeace e o Projeto da Baleia Jubarte mantido pela Petrobrás, aumentar a fiscalização no caso dos tráficos de animais, fazer o possível para garantir a vida desses seres vivos, o Brasil é um país rico, devemos dá o exemplo à sociedade mundial, não deixar que o país seja explorado internacionalmente, ocasionando perdas e destruições dos seus ecossistemas.

Pollyanna Gomes

sábado, 2 de junho de 2007

Emails sobre o criança esperança

Como Andréa havia prometido, ela me mandou hoje os emails que ela não pôde ler em sala sobre o criança esperança. Estou aqui postando os dois. Obrigada Déa pela contribuição e vocês leiam com atenção e tirem suas conclusões.


e-mail sobre impostos da Globo

“Criança Esperança - Você pagando o imposto da Rede Globo.

Quando a Rede Globo diz que a campanha Criança Esperança não gera lucro é mentira. Porque no mês de Abril do ano seguinte, ela (TV Globo) entrega o seu imposto de renda com o seguinte desconto: Doação feita à Unicef no valor de (aqui vem o valor arrecadado no Criança Esperança). Ou seja, a Rede Globo já desconta pelo menos 20 e tantos milhões do imposto de renda graças aos babacas que fazem as doações! Agora vai você colocar no seu imposto de renda que doou 7, 15, 30 ou mais pro criança esperança. Não pode, sabe por que? Porque Criança Esperança é uma marca somente e não uma entidade beneficente. Já a doação feita com o seu dinheiro para o Unicef é aceito.E não há crime nenhum aí, você doou à Rede Globo um dinheiro que realmente foi entregue à Unicef, porém é descontado na Receita Federal como doação da Rede Globo e não sua”.

e-mail em defesa

“Quando li o e-mail, de imediato, não acreditei na autenticidade das informações ali contidas. Não conheço a pessoa que o subscreveu, já que não consta no texto, mas resolvi checar. Não que eu seja fã da Globo, porém, a denúncia era muito séria e merecia ser esmiuçada.

O “esquema” relatado é juridicamente impossível, já que não é qualquer doação que pode ser deduzida, muito menos aquelas feitas por telefone a entidades que sequer existem, como acredita o amigo ser o Criança Esperança.

Há vários tipos de deduções, com alíquotas diferentes, e sempre a entidade (com um CNPJ próprio) necessita ter algum tipo de Certificado ou mesmo Projeto aprovado, como o da Lei Rouanet. Caso contrário, a doação deve ser feita a algum fundo público social, como os Municipais de amparo à Criança e ao Adolescente, por exemplo. Não é possível também doar serviço ou cobrar custo com artistas e depois efetuar qualquer tipo de dedução.

Pois bem, mesmo sabendo disso, resolvi investigar. Acessei o site http://criancaesperanca.globo.com e cliquei no ícone “Doe agora”, já que as doações pela internet podem ser feitas durante todo o ano.

Para fazer um teste, gerei um boleto bancário em meu nome no valor de R$ 500,00. Como Cedente aparece o nome “Criança Esperança” e no campo CNPJ o número 03.736.617/0001-68.

Depois disso, acessei o site da Receita Federal e chequei a situação cadastral do CNPJ informado no boleto. Trata-se do CNPJ da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (nome fantasia “Representação da Unesco no Brasil”), cuja sede fica em Brasília.

Diferente do que afirma o autor do e-mail, quando se doa para o Criança Esperança, não se coloca o dinheiro na mão da Globo pra ela manipular como quiser, doa-se diretamente à Unesco que tem legitimidade para transferir quantias à outras Associações que têm o mesmo objetivo estatutário (a lista de entidades beneficiadas também pode ser consultada pela internet).

Pela lei não é possível fazer qualquer tipo de dedução quando se doa a um organismo internacional, mesmo que seja à sua extensão brasileira.

Não satisfeito, entrei em contato, por telefone, com a Unesco. Primeiro liguei para São Paulo (11- 3105-7606) e depois me passaram um contato da sede de Brasília (61-2106-3500). Fui extremamente bem tratado e relatei o que tinha acontecido. Disse que, como habitual doador do Criança Esperança, precisava checar as informações de qualquer maneira e que, como acredito ser a Unesco um órgão totalmente transparente, não me negariam quaisquer esclarecimentos.

Disseram-me o que já sabia!

TUDO que é arrecadado com o Criança Esperança, sem exceções, é destinado diretamente à Unesco que, posteriormente, distribui entre dezenas de ONGs do território brasileiro (este ano foram 64).

TODO o custo para a realização da campanha é arcado por aqueles que se dispõe a oferecer produtos e serviços. Por exemplo, a Globo vincula as chamadas e a própria campanha na TV e realiza o show de encerramento. Os cantores e artistas que se apresentam não cobram nada e até mesmo a empresa que recebe as ligações, as companhias telefônicas ou as instituições financeiras abrem mão de receber qualquer tipo de remuneração pelo trabalho que prestam. É assim que funciona.

O fato de um banco não cobrar pela ficha de compensação, ou a empresa do 0300 pelo serviço técnico, ou um cantor pela apresentação no show de encerramento, não lhes permite deduzir qualquer quantia no Imposto de Renda, já que doações em dinheiro só são feitas à Unesco.”